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Carlos Moedas: "Dos 34 milhões de despesa com a JMJ, 25 milhões de euros ficaram em projetos para Lisboa"

O Presidente da Câmara de Lisboa esteve nos estúdios da SIC Notícias para fazer um balanço do impacto que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) teve em Lisboa há precisamente um ano. Carlos Moedas desvendou quais os planos que tem previstos para o Parque Tejo e como irá combater a falta de segurança na cidade lisboeta.

Mariana Jerónimo

Este mês de agosto marca um ano desde a passagem da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) pela cidade de Lisboa. Carlos Moedas recorda a visita do Papa Francisco como um "momento único" que reuniu mais de um milhão de pessoas.

Em entrevista à SIC Notícias, o autarca lisboeta fala num retorno que ronda os 290 milhões de euros para a região de Lisboa, de acordo com um estudo publicado pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) Aos milhões que entraram na capital juntaram-se também cerca de 10 mil postos de trabalho.

Em maio deste ano, a Fundação responsável pelo evento revelou ter obtido lucros de 35 milhões de euros.

Na opinião do Presidente da Câmara de Lisboa, os mais de 30 milhões de euros que a Igreja angariou deveriam ser investidos na capital em projetos como residências para estudantes ou para apoiar pessoas em situação de sem-abrigo. No entanto, Carlos Moedas está consciente de que essa decisão está apenas nas mãos da Fundação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

"25 milhões ficaram em projetos para a cidade"

A Câmara de Lisboa terá tido despesas no valor de 34 milhões de euros com a visita do Papa Francisco. O autarca explica que desse valor cerca de 25 milhões permanecem investidos na cidade de Lisboa - em espaços como o Parque Tejo ou equipamentos que ficaram para a autarquia.

Carlos Moedas rejeita a ideia de que o Parque Tejo deixou de ter utilidade após a passagem da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no ano passado. Recusa-se a construir "um centímetro de cimento" que seja num espaço que considera estar entregue à biodiversidade.

"Lisboa é uma cidade segura que está a ter mais insegurança do que costumava ter"

Nos últimos meses, os moradores e trabalhadores dos bairros da Mouraria, Alfama ou Chiado têm-se queixado do aumento de crimes e do consumo de droga nas ruas. O Presidente da Câmara de Lisboa reconhece a falta de segurança em alguns pontos da cidade e defende que é preciso mais controlo policial no terreno.

"A polícia tem que estar na rua, Eu tenho 400 polícias municipais. Pedi mais 200 e só tive 25", adianta.

O autarca diz que a cidade de Lisboa não vive de "ações pontuais" por parte da Polícia de Segurança Pública (PSP) e que é preciso reforçar o patrulhamento nas zonas mais críticas, especialmente no centro da cidade.

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