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Jornada Mundial da Juventude gerou lucro de mais de 30 milhões de euros

Quem o garante é a Fundação Jornada Mundial da Juventude, que apresentou as contas do encontro. Além dos ganhos monetários, a fundação destaca ainda o impacto que o evento teve na reputação do país.

Rita Carvalho Pereira

A Fundação Jornada Mundial da Juventude (JMJ) afirma que o evento teve um resultado positivo de mais de 31 milhões de euros em 2023. As contas da Jornada Mundial da Juventude foram divulgadas esta sexta-feira e a fundação fala em valores “acima do que era previsto”.

"A Fundação JMJ Lisboa 2023 iniciou o período de 2023 com 4,390 milhões de euros em caixa e bancos, tendo terminado o quarto ano de atividade, a 31 de dezembro de 2023, com saldo positivo de 35,374 milhões de euros", adianta a fundação, que sublinha que para tal contribuiu “a forte afluência do número de peregrinos” em Lisboa entre 1 e 6 de agosto do ano passado.

O valor angariado durante o evento “será, posteriormente, aplicado no desenvolvimento de projetos de apoio a jovens, a implementar nos concelhos de Lisboa e Loures”, assegura a fundação.

"Grande esforço de contenção de gastos"

A fundação destaca o “importante o apoio do público e do sector privado” na construção do evento e afirma que o resultado “é fruto, também, do grande esforço de contenção de gastos” na organização da JMJ.

Foram obtidos rendimentos de 74,266 milhões de euros, mais 13,7% que o orçamentado e foram realizados gastos no valor de 43,075 milhões de euros”, explica a fundação, que explica que terminou a atividade com “saldo positivo de 35,374 milhões de euros”.

“Este aumento de liquidez deveu-se às atividades operacionais. Os fluxos operacionais resultaram em 30,983 milhões de euros, tendo havido recebimentos de 67,137 milhões euros, 100% provenientes de contribuições/inscrições e doações para o encontro”, esclarece.

Onde foi gasto o quê?

A fundação detalha que, no último ano, os rendimentos operacionais “somaram 74,552 milhões euros resultantes de contribuições/inscrições de peregrinos”, tendo sido gastos “43,360 milhões euros (58% dos rendimentos): 96,37% em fornecimentos e serviços externos (41,7 milhões de euros), 2,60% em gastos com pessoal (1,128 milhões de euros) e 1,03% em outros gastos (445 mil euros)".

"Significativo para Portugal"

Além do impacto financeiro, a fundação desta o “impacto reputacional” que a JMJ teve, revelando-se “um evento significativo para Portugal”.

“As dimensões de notoriedade, admiração, confiança, ambiente político, ambiente económico, ambiente social, valores, cultura, beleza e relevância internacional do país tiveram um impulso notável”, alega, sustentando que o país “esteve no centro das atenções da imprensa internacional”.

[Notícia atualizada às 19h37]

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