Os médicos cumprem, esta quarta-feira, o segundo dia de greve geral. Depois do primeiro dia de greve ter tido uma adesão de 70%, esperam-se grandes constrangimentos nos hospitais de todo o país.
No primeiro dia de greve, na terça-feira, centenas de cirurgias e milhares de consultas foram adiadas devido à greve dos profissionais de saúde. Os profissionais exigem a revisão das grelhas salariais e o regresso às 35 horas de trabalho semanais.
Convocada pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM), a paralisação tem afetado sobretudo os hospitais do Norte e do Centro.
A Federação Nacional dos Médicos acusa o Governo de inflexibilidade e de não querer negociar soluções para trazer mais médicos para o Serviço Nacional de Saúde.
À SIC, Joana Bordalo e Sá, presidente da FNAM e João Proença, vice-presidente, garantiram que caso o Governo não dê resposta às reivindicações dos médicos os protestos vão continuar.
"Nós vamos continuar com esta luta. Além da greve geral que tivemos ontem e continuamos hoje, temos a greve ao trabalho suplementar nos cuidados de saúde primários que se vai prolongar até ao fim de agosto", garantiu Joana Bordalo e Sá.
"Não aceitamos que gozem connosco (…) temos de discutir com o Governo antes da aprovação do Orçamento do Estado", disse João Proença.
"A luta vai endurecer se efetivamente não forem dadas as respostas que não só os médicos precisam como também a população", acrescentou a presidente.