O debate era sobre o Estado da Nação, mas para o primeiro-ministro o debate começou por ser sobre o estado da oposição.
“Ver o partido socialista exigir mais baixas de impostos, exigir um acordo com professores, com as forças de segurança, abolir portagens que tinha recusado reduzir o valor. Assistir a tudo isto exigindo a este governo que fizesse em 60 dias o que não fizeram em 3050 dias tem sido um exercício de contorcionismo político digno de uma peça trágico-cómica. É uma das faces da irresponsabilidade”, explica o primeiro-ministro.
Para Luís Montenegro a outra face vem do partido Chega. “O contributo que o anti-sistema trouxe para dentro do sistema foi a birra, a imaturidade, o oportunismo, a junção com o Partido Socialista e portanto a outra face da mesma moeda da irresponsabilidade política.”
O primeiro-ministro, diz que PS e Chega estão no mesmo saco, mas ambos têm o dever de deixar o Governo governar.
“Até ao dia em que as senhoras e os senhores deputados decidirem aprovar uma moção de censura, se algum dia o decidirem, a este Governo as oposições para além do seu trabalho político têm um dever de lealdade com os portugueses de nos deixarem governar e não quererem governar em arranjos irresponsáveis e oportunistas no parlamento.”
E continuou: “O programa que está em execução é o programa do Governo, não há mais nenhum programa do Governo para executar. Há ideias para apresentar, mas não há um programa alternativo se os senhores não tiverem coragem de gerar uma maioria para o viabilizar neste parlamento”.
Luís Montenegro elencou as medidas que este Governo pôs em marcha, sempre com a ideia de que o país está em transformação e para dar força ao que disse, usou uma frase de António Costa.
“Palavra dada, palavra honrada”
Frase dita mais 8 vezes, num usar de palavras do passado, para dizer que é este Governo que está a colocar o país a andar para a frente.