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Governo quer menos meio milhão de idas à urgências até 2026

Os hospitais do Serviço Nacional de Saúde tiveram mais de 6 milhões de urgências em 2023, um número que o Governo quer ver reduzido em quase 500 mil episódios. Os administradores hospitalares dizem que é preciso mais investimento em organização e recursos humanos.

Raquel Loureiro

O Governo quer cortar em meio milhão as idas à urgências até 2026. Os administradores hospitalares dizem que o plano é ambicioso e só pode ser alcançado se houver mais investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

No ano passado, os hospitais do SNS tiveram mais de 6 milhões de urgências, um número que o Governo quer ver reduzido em quase 500 mil episódios até 2026.

Uma das prioridades é diminuir a quantidade de atendimentos a doentes não urgentes, ou seja, com pulseiras verdes, azuis e brancas para 30%.

"É um objetivo muito ambicioso e que precisa de mais investimento", diz Xavier Barreto, presidente da Associação de Administradores Hospitalares.

Investimento em organização e recursos humanos, sem o qual, dizem os administradores hospitalares, será impossível criar respostas alternativas para um problema há muito diagnosticado.

O plano de emergência do Governo prevê, por exemplo, a criação de dois centros de atendimento clínico, em Lisboa e no Porto, uma ideia que os administradores hospitalares gostavam que fosse alargada a todo o pais.

A meta para as urgências está inscrita no Quadro Global de Referência aprovado em junho pelos ministérios da Saúde e das Finanças. Replica os objetivos que já tinham sido definidos pelo anterior Executivo.

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