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Falta de médicos leva Centro Hospitalar do Algarve a concentrar serviços de urgência de pediatria em Faro

Os administradores hospitalares dizem que é preciso mais investimento para cumprir o novo plano para as urgências. A falta de recursos levou o Centro Hospitalar do Algarve a concentrar os serviços de urgência em pediatria, na região de Faro.

Catarina Coutinho

João Tiago

Luís Silva

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, esteve no Parlamento onde falou sobre o plano das urgências para o verão apresentado pelo Governo, que reconhece não ser "perfeito".

Um dos temas que também esteve em cima da mesa foi a questão das escalas de urgência em pediatria e as de apoio aos blocos de parto de Portimão e Faro.

A carência levou o Centro Hospitalar do Algarve a concentrar a resposta em Faro. Em Portimão haverá partos sempre que haja pediatra e todas as grávidas até às 24 semanas têm assistência garantida. Todas as outras, quando não houver pediatra de serviço em Portimão, serão encaminhadas para Faro.

"No global temos cerca de oito pediatras, que não asseguram apenas a urgência de pediatria. Têm que assegurar também o bloco de partos e alguns ainda asseguram os cuidados intensivos pediátricos e neonatais", frisou José Almeida, Diretor Clínico do Centro Hospitalar Universitário do Algarve.

O Governo está a trabalhar em respostas alternativas, para diminuir a pressão nas urgências.

"Se não houver mais investimento em recursos, reorganização e pessoas, naturalmente que não vamos criar respostas alternativas", referiu Xavier Barreto, presidente da Associação de Administradores Hospitalares.

No ano passado, os hospitais públicos tiveram mais de seis milhões de episódios mas o Executivo quer menos meio milhão de idas até 2026.

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