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Rui Tavares volta a defender semana de 4 dias: "Queremos que Portugal seja pioneiro"

O porta-voz do Livre garante que "não quer, através de vias legislativas, impor a semana de quatro dias", mas sim que o país seja pioneiro no estudo da matéria. Rui Tavares falou ainda sobre as reuniões à Esquerda e sobre a "situação de ingovernabilidade" em Portugal.

Daniel Pascoal

Rui Tavares acredita que Portugal pode ser um país pioneiro no alargamento da semana de quatro dias a mais população. Em entrevista à SIC Notícias, o porta-voz do Livre garantiu que o projeto-piloto, uma medida apresentada pelo partido, “foi uma vitória”.

“Praticamente metade dos trabalhadores do nosso país afirmam ter dificuldade de conciliar vida profissional e familiar”, algo que “baixou para 15%” no relatório preliminar do projeto-piloto, afirma Rui Tavares.

O porta-voz garante que “o Livre não quer, através de vias legislativas, impor a semana de quatro dias. ”O que queremos é que Portugal seja um pais pioneiro no estudo de algo que é bom para a produtividade, para a economia e para as pessoas".,

Livre quer reuniões à Esquerda

Rui Tavares convidou os líderes dos partidos de Esquerda - PS, Bloco de Esquerda, PCP e PAN - para reuniões ao longo das próximas semanas, com o objetivo de procurar convergências para as autárquicas do próximo ano.

"Vai sendo assumido que deve ser normal haver contactos periódicos entre partidos que podem ter diferenças, mas que convergem em muitos temas, nomeadamente os de justiça social e ambiental".

Em comunicado, o partido escreve que quer analisar a atual situação política, depois das eleições europeias. O Livre quer também encontrar perspetivas comuns para reforçar a justiça social e ambiental e combater a extrema-direita.

Até agora, só o Bloco de Esquerda mostrou disponibilidade para a reunião.

Portugal vive “grande incerteza”

Recusando a ideia de querer “liderar a Esquerda”, e assumindo apenas "vontade de ajudar as convergências", Rui Tavares diz que as eleições autárquicas são particularmente importantes numa altura em que o país vive “grande incerteza”.

“Temos um país numa situação de grande incerteza, até de ingovernabilidade, com uma Direita que tem derivado para uma radicalização muito grande. Um país em que, pela polarização que a extrema-direita provocou, há aspetos de frustração e de zanga na sociedade que é preciso contrariar com propostas concretas, que melhorem a vida das pessoas”.

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