A mãe das gémeas luso-brasileiras foi ouvida na Comissão de Inquérito Parlamentar e pediu desculpa por ter falado numa rede de influências dedicada a conseguir o tratamento para as filhas. Disse aos deputados que errou, mas nega qualquer ilegalidade em todo o processo.
Daniela Martins falou à comissão parlamentar de inquérito para se defender das acusações de favorecimento no tratamento das filhas.
"Não posso garantir": mãe das gémeas não se lembra de ter enviado mail para mulher do filho do PR
"Desde o primeiro dia no hospital sempre me disseram que estava lá a mando do Presidente da República", afirmou Daniela Martins.
A mãe das gémeas assumiu, depois, que faltou à verdade quando disse que conhecia a família de Marcelo Rebelo de Sousa.
"Afirmei que conhecia a nora do Presidente da República, mas só a conheci num evento de Natal em São Paulo, anos depois da medicação. Nunca conheci, nem nunca me dirigi pessoalmente ao senhor doutor Presidente da República e seu filho", contou ainda a Daniela Martins.
Daniela Martins nega, agora, qualquer cunha para as filhas, até porque, lembrou aos deputados, as meninas são cidadãs portuguesas;
"Era suposto, por direito de equidade, se outras crianças portuguesas tinham, as minhas filhas também tinham direito".
Os deputados aprovaram a audição de António Costa. O antigo primeiro-ministro pode depor por escrito.
A comissão vai voltar a convocar Nuno Rebelo de Sousa e avisa o filho de Marcelo que, se voltar a recusar estar presente, pode estar em causa um crime de desobediência. Esta audição pode acontecer a 3 ou 12 de julho, na forma presencial ou por videoconferência, já que Nuno Rebelo de Sousa vive no Brasil.
Veja aqui o que foi dito na Comissão Parlamentar de Inquérito