Ao longo de todo o processo negocial, Fernando Alexandre recusou apresentar valores por considerar que poderiam criar ruído numa altura em que era fundamental ouvir os sindicatos para fechar um acordo tão aguardado.
Só depois de concluído este processo, há menos de um mês, o ministro da Educação, Ciência e Inovação avançou com o impacto que a medida teria nas contas, 300 milhões de euros, mas sem nunca esclarecer se o valor era bruto ou líquido.
Durante o período negocial, também a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estudou detalhamento qual seria o custo da recuperação dos 6 anos, 6 meses e 23 dias. Os 469 milhões de euros apresentados davam a entender que afinal a medida iria sair mais cara quase 170 milhões de euros.
Perante as dúvidas, o Ministério da Educação decidiu esclarecer os valores. Começou por justificar que sempre falou em números líquidos, o que significa que afinal a recuperação poderá ter menos peso nas contas.
De acordo com os cálculos da UTAO, este ano, o impacto orçamental será de 18 milhões de euros líquidos e até 2028 o valor será de 203 milhões de euros, número também líquido.
O gabinete de Fernando Alexandre esclarece ainda que foram adotados diferentes critérios e cenários para avaliar o impacto da medida como, por exemplo, a idade da reforma.
Depois de anos de luta, a recuperação será feita na totalidade até 2027, com início dentro de dois meses e meio.