As temperaturas desta sexta-feira podem ultrapassar os 30 graus em algumas partes do país, mas continuam os avisos de chuva e trovoada. O clima habitual de países tropicais.
Para esta sexta-feira, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê que as temperaturas atingem os 36 graus em Braga ou os 35 em Castelo Branco, onde a mínima será de 20 graus. Noutros distritos do norte, as máximas previstas, apesar de mais baixas, ultrapassam ainda assim os 30 graus.
No centro, está prevista uma subida da temperatura e, no sul, uma descida. Ainda assim, as temperaturas deverão estar mais amenas.
Mas esta é uma situação - para não dizer sol, porque esse deverá estar escondido nos próximos dias – de pouca dura, uma vez que no fim de semana as temperaturas voltam a descer.
O IPMA prevê para sábado uma “descida acentuada” da temperatura máxima.
Vários distritos sob aviso devido à chuva e trovoada
Dez distritos estão esta sexta-feira e sábado sob aviso laranja devido à previsão de trovoadas frequentes. Em causa estão os distritos de Bragança, Viseu, Porto, Viana do Castelo, Vila Real, Guarda, Coimbra, Castelo Branco, Braga e Aveiro.
O IPMA emitiu também aviso amarelo para os 10 distritos perante a possibilidade de aguaceiros, por vezes fortes.
Leiria, Santarém e Portalegre estão sob aviso amarelo por causa da previsão de chuva e trovoada.
Os alertas da Proteção Civil
Perante o “agravamento das condições meteorológicas”, a Proteção Civil emitiu um aviso à população com os possíveis efeitos:
- ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento;
- ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
- instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;
- piso rodoviário escorregadio devido à possível formação de lençóis de água ou à acumulação de gelo e/ou neve;
- possibilidade de queda de ramos ou árvores, bem como de afetação de infraestruturas associadas às redes de comunicações e energia;
- danos em estruturas montadas ou suspensas;
- dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
- desconforto térmico na população pela conjugação da descida acentuada da temperatura e do vento;
- possibilidade de ocorrência de trovoada seca, acompanha de instabilidade atmosférica, podendo esta originar incêndios convectivos, ou, potenciar o agravamento de incêndios em curso.
A Proteção Civil adiantou ainda com sete medidas preventivas que devem ser adotadas:
- garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
- garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
- ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
- ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a inundações rápidas, evitando a circulação e permanência nestes locais;
- adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual acumulação de neve e/ou formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;
- não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
- estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.