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Urgências de obstetrícia e ginecologia do Garcia da Orta vai fechar no fim de semana

O anúncio foi feito através do Facebook da Unidade de Saúde Local Almada Seixal. O fecho deve-se a “motivos de força maior” que se prendem com a impossibilidade de completar a equipa médica.

Hospital Garcia de Orta
Sindicato Independente dos Médicos

Lusa

SIC Notícias

A urgência obstétrica e ginecológica do Hospital Garcia de Orta, em Almada, que deveria estar a funcionar no próximo fim de semana, vai estar encerrada "por motivos de força maior".

O anúncio foi feito pela Unidade de Saúde Local Almada Seixal (ULSAS), no distrito de Setúbal, através da sua página do Facebook, sem adiantar mais pormenores. Contudo, questionada pela agência Lusa, explicou que os "motivos de força maior" prendem-se com a impossibilidade de completar a equipa médica.

No início do mês, a ULSAS indicou que, em maio, o serviço de urgência de obstetrícia e ginecologia do hospital Garcia de Orta apenas atenderia no período noturno (entre as 20:00 e as 08:00) mulheres que estivessem referenciadas, de acordo com uma deliberação da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS).

Esta situação mantém-se tal como estava planeado. A urgência permaneceria também encerrada aos fins de semana (das 08:00 de sábado às 08:00 de segunda-feira), como já era hábito, à exceção do terceiro fim de semana de maio (18 e 19 de maio), em que estaria a funcionar em pleno. No entanto, esta sexta-feira, a ULSAS anunciou que neste fim de semana também estará encerrada.

A 30 de abril, a DE-SNS demissionária publicou uma nota na sua página a anunciar que tinha decidido manter, na globalidade, até 31 de maio, o esquema de funcionamento dos Serviços de Urgência de Ginecologia/Obstetrícia que vigorou até ao primeiro trimestre do ano.

"Face à complexidade técnica associada às alterações propostas e à necessidade da sua avaliação detalhada pela tutela num contexto de transição da liderança da Direção Executiva do SNS, considera-se, mais uma vez, avisada a manutenção temporária do modelo em vigor, durante o mês de maio", lê-se na nota da direção executiva.

De acordo com a nota, haveria, no entanto, "alterações pontuais e inadiáveis referentes às instituições situadas na Península de Setúbal, até existir uma decisão estratégica sobre o futuro deste modelo de funcionamento".

A informação divulgada pela DE-SNS não elencava, desta vez, o esquema de funcionamento das urgências de obstetrícia a nível nacional, pedindo às grávidas que "contactem sempre o SNS 24 ou o INEM (em caso de urgência/emergência), de forma a poderem ser orientadas com segurança para o bloco de partos mais próximo, que possua capacidade de resposta adequada à sua condição clínica".

A 23 de abril, o diretor executivo do SNS anunciou a sua demissão, em conjunto com a sua equipa, alegando não querer ser obstáculo ao Governo nas políticas e nas medidas que considere necessárias.

Um dia depois, a ministra da Saúde,Ana Paula Martins, aceitou a demissãosalientando que a cessação de mandato será efetivada com a entrega de um relatórioda atividade e do ponto da situação da direção executiva do SNS no prazo de 60 dias.

A Direção Executiva iniciou a sua atividade em 1 de janeiro de 2023, na sequência do novo Estatuto do SNS proposto ainda pela então ministra Marta Temido, com o objetivo de coordenar a resposta assistencial de todas as unidades do SNS e de modernizar a sua gestão.

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