OCentro Padre Alves Correia (CEPAC) afirmou, esta quarta-feira, ter participado às autoridades a agressão ao menino nepalês de nove anos.
"O Centro Padre Alves Correia informa que os factos foram disponibilizados às autoridades competentes, a quem caberá fazer o seguimento da situação" refere a instituição, num comunicado enviado às redações.
A entidade pede "respeito pela privacidade da família" e apela a "uma maior sensibilização da sociedade portuguesa e um debate responsável e construtivo na opinião pública sobre estes fenómenos de violência, discriminação, racismo, xenofobia, alertando para a sua existência".
A denúncia foi feita à rádio Renascença pela diretora da escola, Ana Mansoa, que afirma que a criança "foi vítima de linchamento no contexto escolar por parte dos colegas". Diz ainda que o menor foi vítima de violência física e verbal por cinco colegas e um sexto elemento que filmou o sucedido.
O menino ficou com "hematomas pelo corpo todo" e "feridas abertas". A mãe da criança não o levou ao hospital nem apresentou queixa, por "medo".
A instituição afirma ainda que o "foco estará, sempre, no acompanhamento a pessoas migrantes em situação de vulnerabilidade e exclusão social".
O menor de nove anos ouviu comentários como "vai para a tua terra", "não queremos nada contigo" e "tu não és daqui".