A terceira travessia relançada pelo Governo é um projeto de 2009 e só não avançou porque o concurso foi anulado. Surge, então agora, uma ponte rodoferroviária, com carros no tabuleiro superior e comboios no inferior.
Seis faixas para automóveis, três em cada sentido, e quatro para comboios, duas em cada sentido, o que permite ter linhas separadas para alta velocidade e ferrovia convencional.
Mesmo sem o aeroporto, a ponte já estava prevista, pelo menos a parte ferroviária, considerada essencial nos planos para ligar Lisboa e Madrid em comboio de alta velocidade - que o Governo gostava que fosse possível em 2034, daqui a 10 anos.
Com o novo aeroporto a ser construído em Alcochete, a nova ponte torna-se essencial, porque é a única forma de ligar os passageiros ao centro da cidade de Lisboa num período de tempo aceitável.
Ainda falta estudar as características da nova ponte mas, ao que a SIC apurou, não fugirá muito do que foi decidido em 2009. Uma ponte com cerca de 13 km, sete dos quais sobre o Tejo.
Liga-se à Linha de Cintura, em Chelas, e à linha do Norte no Braço de Prata. Na margem sul, o tabuleiro vai até ao Lavradio, no Barreiro, e é daquele local que segue para o novo aeroporto, para Espanha, na linha de alta velocidade, e talvez para o Porto, também na linha de alta velocidade, que chegaria à margem norte do Tejo no Carregado.
Como, no Barreiro, há ligação à Linha do Alentejo, a nova ponte permite que muitos comboios que vão para Sul deixem de seguir pela 25 de abril e até ganhem meia hora na viagem até Setúbal. Além de descongestionar a linha de cintura, pode permitir ter mais comboios para Sintra e para Almada, por exemplo.
O Governo regressa agora à sigla TTT - terceira travessia sobre o Tejo - que, na verdade, é a 5ª, porque ali bem perto também se passa o Tejo, em autoestrada, no Carregado, entre a A1 e a A13 e pela estrada nacional, Vila Franca de Xira - Porto Alto, a única travessia que não tem portagens.