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Presidente da TAP diz estar satisfeito com a escolha da localização do novo Aeroporto

Em reação ao anúncio feito pelo Governo, Luís Rodrigues pediu celeridade na construção do novo aeroporto da região de Lisboa. Garantiu ainda que quando este estiver operacional, a TAP será "uma nova companhia com mais oportunidades de crescimento", algo que considera fundamental para o processo de privatização da companhia aérea.

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SIC Notícias

Lusa

O presidente executivo da TAP, Luís Rodrigues, saudou esta terça-feira a decisão do Governo sobre o novo aeroporto da região de Lisboa, pedindo que a construção se desenrole "o mais depressa possível e com o mínimo de obstáculos". 

"O novo aeroporto tem uma história muito longa e que não nos orgulha a todos. Haver uma decisão e haver um processo que começa agora, acho que é saudável para todos e ainda bem que assim é", disse, em declarações aos jornalistas em Londres, onde esteve para comemorar o 75.º aniversário da ligação aérea Lisboa-Londres.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou no mesmo dia a aprovação da construção do novo aeroporto da região de Lisboa em Alcochete, seguindo a recomendação da Comissão Técnica Independente (CTI).

O responsável, que falou pouco antes do anúncio, manifestou o desejo que a construção se desenrole "o mais depressa possível e com o mínimo de obstáculos possível". 

"Espero que isso se venha a concretizar, que é bom para todos", vincou.

Reconhecendo que o novo aeroporto "não vai estar pronto nos próximos sete, oito, dez anos, Luís Rodrigues, explicou que "a TAP tem que arranjar maneira de evoluir e continuar a crescer até lá, pouco a pouco, nos outros aeroportos, Porto, Faro, Funchal, Ponta Delgada". 

Quando o novo aeroporto estiver operacional, garantiu, a TAP "vai ser uma nova companhia, com mais oportunidades de crescimento, e isso é muito importante, até para o processo de privatização".

"A expansão da Portela [atual Aeroporto Humberto Delgado] é o necessário para acomodar até lá, porque o novo aeroporto vai demorar esses anos a fazer. Para não ficarmos parados no mesmo sítio durante mais estes sete a dez anos, acho que é inevitável que a Portela crescer dentro dos limites da sua capacidade física", acrescentou.

Luís Rodrigues, que tomou posse há cerca de um ano, revelou já ter tido um "contacto informal normal" com o Governo, durante o qual apresentou os planos para a companhia, e disse ter ficado satisfeito com a interação.

"Eu gostaria muito que a TAP e o tema da privatização da TAP e do aeroporto fosse um tema de consenso político alargado. Não digo unanimidade, porque já sabemos que isso é impossível, mas de consenso político alargado e não de divisão entre os partidos políticos", enfatizou. 

Para o dirigente da TAP, "já basta de divisões" e seria bom "alinhar todos na mesma direção e construir uma marca que é fundamental que fizesse o país ter orgulho naquilo que tem".

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