Na ronda final, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, declarou sem hesitações que o partido iria “votar contra” as moções de rejeição ao Governo porque, disse, “não queríamos criar um impasse inconstitucional”. O voto da bancada rosa foi, porém, a abstenção e o consequente chumbo das duas moções de rejeição do Programa do XXIV Governo Constitucional.
À SIC, fonte do PS esclareceu que se tratou de um “lapso” do secretário-geral, cuja mensagem que pretendia vincar no seu discurso era a de que o partido inviabilizaria as moções. Até porque, lembra a mesma fonte, a líder parlamentar Alexandra Leitão já tinha anunciado previamente que o PS iria abster-se na votação das moções de rejeição.
Às moções apresentadas pelo Bloco de Esquerda e o PCP foram chumbadas com votos contra do PSD, Chega, IL e CDS, a abstenção do PS e os votos a favor do BE, PCP e Livre.
A deputada única do PAN absteve-se na moção apresentada pelo BE e votou contra o texto do PCP.
Na votação eletrónica, na qual participaram um total de 228 deputados, a moção apresentada pelo PCP contou com 138 votos contra, 77 abstenções e 13 votos a favor.
Quanto ao texto apresentado pelo BE, posicionaram-se contra 137 parlamentares, 78 abstiveram-se e 13 votaram a favor.
No final das votações e no momento da saída do executivo da Sala das Sessões, os deputados do PSD e CDS aplaudiram de pé.
O governo minoritário PSD/CDS, chefiado pelo social-democrata Luís Montenegro, entra agora em plenitude de funções, terminada a apreciação do Programa do Governo na Assembleia da República.
O XXIV Governo Constitucional tem o apoio de 80 deputados - 78 do PSD e dois do CDS-PP - em 230, num Parlamento em que o PS tem 78 lugares, o Chega 50, a Iniciativa Liberal oito, o BE cinco, PCP quatro, Livre também quatro e PAN um.
[Notícia atualizada às 15:41 com esclarecimento do PS]