Os portugueses foram chamados a votar, no domingo, para as eleições legislativas antecipadas. Falta apenas apurar os resultados no estrangeiro, a vitória está nas mãos da Aliança Democrática (AD), que é seguida por PS e Chega. O partido de André Ventura quadruplicou o número de deputados, passando de 12 para 48, um resultado que demonstra “descontentamento geral com os dois partidos que têm governado o país alternadamente”, diz Eunice Lourenço.
“Eu acho que ainda teremos de esperar pelos estudos pós eleitorais para perceber melhor este crescimento, mas eu acho que é ditado por um descontentamento geral com os dois partidos que têm governado o país alternadamente e um descontentamento com a maioria absoluta. Eu acho que muitos descontentes da maioria absoluta acharam que a solução não poderia estar em quem não solucionou ou quem não apresentou soluções duradouras e não garantiu estabilidade”.
A alternância política geralmente era vista como algo positivo, mas há um descontentamento.
“Acho que o Algarve é muito o cume disso, porque é uma região que se sente esquecida pelos dois partidos que têm governado o país, que se sente colocada cada vez mais Longe de Lisboa e em que, ao não sentirem resposta nem atenção para os seus problemas, muita gente votou no Chega já nem sequer como voto de protesto, mas como voto útil”.