Há bolseiros de doutoramento que estão sem receber há vários meses. A muitos resta voltar para casa dos pais, outros contraem dívidas para continuar os estudos. Em todos os casos pediram uma prorrogação da bolsa, mas a Fundação para a Ciência e Tecnologia ainda não respondeu.
Uma estudante, de 30 anos, é, há dois, bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia, recebia por mês cerca de 1 200 euros. Com dois meses de antecedência pediu a prorrogação da bolsa, mas quase meio ano depois, continua sem resposta.
E agora, também, sem sustento, voltou a depender da ajuda dos pais e da boa vontade do namorado. Continua a trabalhar, de graça, para defender o trabalho já conquistado, na esperança de conseguir levar o doutoramento até ao fim.
A Fundação para a Ciência e Tecnologia é a principal instituição que financia a ciência em Portugal. Os alunos de doutoramento podem pedir uma bolsa até quatro anos mas nem sempre o projeto permite fazê-lo logo à partida.
É muito comum fasear os estudos e solicitar prorrogações. Em resposta à SIC, a Fundação justifica os atrasos com um aumento excecional de pedidos. São 45 os bolseiros que esperam ainda uma resposta a pedidos de prorrogação.
Em comunicado a Fundação para a Ciência e Tecnologia compromete-se a responder a todos no prazo máximo de um mês.