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Atrasos nos apoios deixam bolseiros de doutoramento sem condições de continuar os estudos

A Fundação para a Ciência e Tecnologia é a principal instituição que financia a ciência em Portugal. Os alunos de doutoramento podem pedir uma bolsa até quatro anos mas nem sempre o projeto permite fazê-lo logo à partida.

Ana Peneda Moreira

Há bolseiros de doutoramento que estão sem receber há vários meses. A muitos resta voltar para casa dos pais, outros contraem dívidas para continuar os estudos. Em todos os casos pediram uma prorrogação da bolsa, mas a Fundação para a Ciência e Tecnologia ainda não respondeu.

Uma estudante, de 30 anos, é, há dois, bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia, recebia por mês cerca de 1 200 euros. Com dois meses de antecedência pediu a prorrogação da bolsa, mas quase meio ano depois, continua sem resposta.

E agora, também, sem sustento, voltou a depender da ajuda dos pais e da boa vontade do namorado. Continua a trabalhar, de graça, para defender o trabalho já conquistado, na esperança de conseguir levar o doutoramento até ao fim.

A Fundação para a Ciência e Tecnologia é a principal instituição que financia a ciência em Portugal. Os alunos de doutoramento podem pedir uma bolsa até quatro anos mas nem sempre o projeto permite fazê-lo logo à partida.

É muito comum fasear os estudos e solicitar prorrogações. Em resposta à SIC, a Fundação justifica os atrasos com um aumento excecional de pedidos. São 45 os bolseiros que esperam ainda uma resposta a pedidos de prorrogação.

Em comunicado a Fundação para a Ciência e Tecnologia compromete-se a responder a todos no prazo máximo de um mês.

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