Com as pressões do CDS para a concretização da demissão de Miguel Albuquerque, o Governo Regional vai cair de imediato. Por isso, o Orçamento regional já não vai ser discutido na próxima semana.
A posição do CDS inviabiliza a possibilidade de Albuquerque conseguir ver aprovado um Orçamento. Aquele que foi vista como uma facada nas costas do PSD pode ser uma estratégia entre os dois partidos?
“Eu acho que isto é uma estratégia do próprio PSD. Eu acho que o PSD está completamente dividido e vê-se isso, porque temos o PSD nacional em silêncio a acompanhar esta crise, sem ter uma posição clara sobre o que acha que deve acontecer na Madeira", apontou a jornalista.
Já na Madeira, o PSD está todo “partido” e percebe-se “que as pessoas que estão ligadas a Albuquerque e as que estiveram ligados a ele no Governo, estão a fazer tudo para tentar que não haja eleições antecipadas”, acrescentou.
“Isto é uma grande confusão”
“O próprio Albuquerque deu uma cambalhota de 360º. Primeiro, começou por se agarrar ao lugar, depois saía, depois protelou a saída. Portanto, é a grande confusão", afirmou Ângela Silva.
Para a jornalista, Alberto João Jardim é o único que está a perceber que “o mais certo é haver eleições regionais antecipadas” e além disso, que a ideia de arranjar um novo Governo e um novo Orçamento é “tentar entalar o Presidente da República”.
Presidente da República
Marcelo tem vantagens e desvantagens nesta situação, disse Ricardo Costa. Apesar de já ter sido criticado por causa dessa desvantagem, Marcelo “não podia fazer nada neste caso. É uma crise onde ele não podia interferir diretamente porque está limitado no poder”, explicou.
“Mas, ao mesmo tempo, essa inação do Presidente dá-lhe uma coisa boa que é tempo, ou seja, o Presidente neste momento não tem que dizer mais nada sobre o assunto, portanto, tem que esperar pelo momento em que já possa fazer alguma coisa”, concluiu.