O PAN considera que a crise política na Madeira terá consequências para todo o país. Inês Sousa Real lembra que o facto do orçamento não ser aprovado de imediato poderá atrasar fundos comunitários.
“Esta instabilidade política tem consequências sociais e económicas, não nos podemos esquecer, á semelhança do que aconteceu em 2021 ao nível da República, tivemos uma gestão em duodécimos até junho e isto vai atrasar a execução de fundos comunitários, quer de apoios sociais que são da maior relevância para as populações e a nossa grande preocupação é não replicar o que aconteceu a nível da República em 2021”, comentou a líder do Pessoas Animais Natureza, Inês Sousa Real.
Relembre-se que as eleições na Madeira tiveram lugar no final de setembro de 2023.
O Expresso confirma que Marcelo Rebelo de Sousa entende que o futuro político da Madeira passará por eleições antecipadas.
No entanto, só poderá fazê-lo depois de 24 de março, uma vez que a Madeira foi a votos em setembro passado e a Constituição diz que não podem realizar-se eleições nos seis meses seguintes.
Se decidir avançar, Marcelo terá ainda de convocar os partidos com assento parlamentar no Governo Regional e os conselheiros de Estado.
A Crise Política na Madeira
Pedro Calado, Avelino Farinha e Custódio Correia foram detidos na passada quarta-feira, na sequência de cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias efetuadas pela PJ sobretudo na Madeira, mas também nos Açores e em várias zonas do continente.
A operação também atingiu o presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, que foi constituído arguido e oficializou na segunda-feira a renúncia ao cargo, que tinha anunciado na sexta-feira.
Em causa estão suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência, segundo a PJ.