Mesmo depois do relatório da comissão técnica independente (CTI), a localização do novo aeroporto ainda não está fechada. Os promotores da localização de Santarém estão a alterar o projeto, depois de a solução apresentada ter sido considerada inviável como aeroporto internacional. Maria do Rosário Partidário, coordenadora da CTI, diz que, se houver mudanças substanciais no projeto, a opção voltará a ser avaliada.
“A questão da inviabilidade de Santarém, como está no relatório, deve-se a uma restrição que foi identificada pela NAV, de 24 movimentos por hora devido à navegação aérea”, explica Maria do Rosário Partidário, sublinhando que essa restrição “não é viável para um aeroporto internacional”.
A coordenadora da CTI confirma que os promotores da localização de Santarém para o novo aeroporto de Lisboa estão à procura de uma solução para esta questão. Compromete-se a reanalisar o projeto se houver uma alteração que remova essa restrição.
“Não sei qual é que possa ser a solução. Mas se houver uma alteração de situação, aquilo que eu disse é que voltávamos a olhar para Santarém e ver quais é que são as condições que eles apresentam”, afirma.
Carlos Brazão, um dos promotores da construção do novo aeroporto em Santarém mostrou-se confiante de que será possível "encontrar a solução para que aeroporto um dia possa escalar em termos de movimentos.
"O projeto aeroporto de Santarém foi concebido, inicialmente com privados, como aeroporto complementar à Portela. Mas obviamente que nos anos 30, nos anos 40, ele vai ter que poder escalar e, portanto, tem que ser desde o princípio projetado para chegar aos muitos movimentos por hora", garante Carlos Brazão.
As alterações que estão a ser analisadas com as autoridades competentes têm como objetivo procurar "soluções de navegação aérea para o futuro", sublinha.
"Quando for construído, temos que ter a garantia que ele vai poder crescer tanto quanto for necessário quanto o país precisar."