A PJ de Setúbal ainda procura esclarecer a motivação que levou ao homicídio de um jovem, de 20 anos, a 26 de dezembro. Sobre o segundo caso, não há dúvidas: o suspeito, de 24 anos e agora detido, matou a vítima, de 76, à facada quando esta resistia ao assalto.
O homem, de 24 anos, detido pela Polícia Judiciária na noite de quarta-feira por ser suspeito de dois homicídios no espaço de três semanas, na Amora, concelho do Seixal, cometeu pelo menos mais três roubos com ameaça de faca, na mesma zona.
A arma foi apreendida pelos inspetores da PJ de Setúbal que surpreenderam o suspeito na casa onde vivia com familiares. No local também foi encontrada a mala e documentos que pertenciam à última vítima - uma mulher, de 76 anos, assassinada ao resistir ao assalto, quando seguia a caminho do trabalho, pelas 08:00 de terça-feira.
A PJ acredita que a faca agora apreendida também foi usada pelo suspeito para matar um jovem, de 20 anos, a cerca de 500 metros do local do último crime. Este homicídio aconteceu na noite de 26 de dezembro e os inspetores ainda procuram apurar a motivação do homem, visto que a vítima tinha todos os pertences na sua posse.
"Não foi roubado nada no caso de 26 de dezembro, que saibamos. A vítima tinha o telemóvel, a carteira", revelou o diretor da PJ de Setúbal, João Bugia, em conferência de imprensa esta quinta-feira, adiantando que a investigação não apurou ainda qualquer ligação entre o homicida e o jovem.
A PJ aponta "a necessidade de dinheiro" como principal motivação para a onda de crimes violentos, revelando que o homem estava desempregado e não conseguia manter um trabalho por muito tempo, pois entrava frequentemente em conflito com os colegas. João Bugia descartou um cenário de dependência de drogas na origem dos assaltos à faca.
O suspeito vai ser presente a um juiz do Tribunal do Seixal na sexta-feira para aplicação das medidas de coação.