A Plataforma + Emprego tem dez anos e, até ao momento, 122 pessoas sem-abrigo ou em situação de risco, da cidade do Porto, foram colocadas no mundo do trabalho.
António é cozinheiro no albergue do Porto há três anos. Esteve mais de 20 anos fora de Portugal e quando voltou viu a vida a andar para trás. Sem dinheiro e sem família, foi acolhido num albergue da cidade.
António despe a farda e junta-se a Joaquim, que viveu refém da heroína mais de 20 anos. Era escriturário.
“Já tinha perdido o controlo absoluto da minha vida. Acabei por perder o emprego, ter problemas com a família. Desmoronou tudo”, recordou, à SIC, Joaquim Sousa.
Através de uma rede que conta atualmente com a Associação Cais, a Santa Casa da Misericórdia e o Coração da Rua, a Plataforma + Emprego faz a avaliação de quem se encontra numa situação de sem-abrigo.
Pode não ser uma resposta para todas as pessoas, mas tem tido resultados positivos. Mais de dois terços das pessoas que chegam ao mercado de trabalho conseguem manter-se com num emprego.
No total, a Plataforma + Emprego acredita que este projeto já poupou ao Estado 1,3 milhões de euros, referiu, à SIC, Jorge Mayer, do núcleo de planeamento e intervenção em sem-abrigo.
Os últimos números apontam para a existência de 647 pessoas em situação de sem abrigo na cidade do Porto, ou seja, a viverem na rua ou em abrigos e albergues.