Familiares e amigos da mulher de 73 anos que padece da doença de Alzheimer e que se encontra desaparecida desde 12 de dezembro promovem na quinta-feira uma vigília silenciosa para sensibilizar para o tema do desaparecimento.
A vigília, inicialmente marcada junto da Quinta de Santo António, no Restelo, perto do Hospital São Francisco Xavier, vai ser realizada frente à Assembleia da República, pelas 18:30, disse à agência Lusa, através de uma nota, uma amiga da família.
Para sensibilizar para o tema do desaparecimento de pessoas com demência, familiares e amigos lançaram uma petição pública, que pode ser assinada em https://peticaopublica.com/mobile/pview.aspx?pi=12-12-2023 e lembram que a mulher desaparecida "poderia ser qualquer um dos nossos pais ou avós".
Pelas 12:00 de hoje já tinham assinado a petição, que visa "melhorar a prevenção e a resposta ao desaparecimento de pessoas com demência", 1.979 pessoas.
Entre outros, a petição pede ao Governo e à Assembleia da República uma alteração da lei 15/2014 [que consolida a matéria de direitos e deveres do utente dos serviços de saúde], nomeadamente através da adição de um regime normativo sancionatório em caso de incumprimento do direto de acompanhamento de pessoas em situação de vulnerabilidade e dependência, nomeadamente com demência.
Em 15 de dezembro, fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP disse à agência Lusa que tinha sido feita uma "participação de desaparecimento" no dia em que a senhora desapareceu, tendo encetado diligências para a encontrar.
Hoje, fonte da PSP adiantou haver "movimentações no processo", sem no entanto especificar pormenores, apenas que há "diligências" para o caso da senhora desaparecida em dezembro.
O Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, a que pertence o Hospital São Francisco Xavier, avançou em comunicado, em 14 de dezembro, ter dado entrada uma utente, na terça-feira [12 de dezembro], e saída da mesma "pelo seu próprio pé no mesmo dia, enquanto aguardava observação médica".
De acordo com o comunicado, "foi registado no processo clínico o bom estado geral da senhora", bem como o facto de estar "nos momentos de interação, consciente, orientada e colaborante com os profissionais".
"Após confirmação pelo familiar que a acompanhava, do seu desaparecimento, foram feitos os procedimentos habituais nestes casos, visualização das imagens de câmaras no exterior do hospital e identificação da saída, pelo seu próprio pé, do hospital pelas 18:00, reporte ao posto local de PSP e averiguação em todas as instalações do próprio hospital pelos profissionais no sentido de despistar possível entrada não identificada por outra porta", refere a nota.
Fonte do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental adiantou à Lusa que os profissionais do hospital andaram nas imediações para um eventual avistamento da senhora na zona de Algés.
Nas redes sociais continua a ser difundida uma mensagem de apelo para o desaparecimento da senhora de 73 anos, referindo que na altura vestia 'leggings' pretas, camisola de malha azul escura e chinelos do hospital".