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Pico da gripe: ministro da Saúde descarta uso obrigatório de máscara nos hospitais

Especialista dizem que o pico da gripe estará próximo, mas o da mortalidade já pode ter passado. Quem trabalha em saúde pública defende que o país devia ter um plano desenhado para acionar medidas de proteção e prevenção.

André Palma

O pico da gripe deve ser atingido nos próximos dias e sobrecarregar ainda mais as urgências. O ministro da Saúde diz que a situação está a melhorar e volta a dizer que é urgente tomar a vacina da gripe. Não há necessidade de obrigar ao uso de máscara em todos os hospitais, os especialistas pedem um documento orientador para medidas de prevenção.

Pelo menos a avaliar pelos tempos de espera, tem havido menos pessoas a recorrer aos serviços de urgência dos hospitais públicos.

Durante a manhã, só o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, tinha tempos de espera superiores ao recomendado para os casos urgentes. Em todos os outros, havia uma afluência aparentemente mais tranquila.

“É muito difícil dar resposta a um fluxo muito elevado aos serviços de urgência. Desde sábado que as coisas estão mais calmas. Os tempos já estão dentro do que ambicionamos”, anunciou Manuel Pizarro.

Apesar de ainda não ter sido atingido o pico da gripe que pode originar casos mais graves, estima-se que seja atingido esta semana, marcada por temperaturas baixas que ajudam a aumentar o risco de transmissão. Ainda assim, o pico da mortalidade parece já ter passado.

Os especialistas e o ministro apelam à vacinação contra a gripe e Covid-19 e asseguram que há vacinas para quem é elegível e ainda não a tomou.

Mas, para já, descarta o uso obrigatório de máscara nos hospitais como aconteceu em Espanha.

Quem trabalha em saúde pública defende que o país devia ter um plano desenhado para acionar medidas de proteção e prevenção.

A Direção-Geral da Saúde pede cautela e medidas de autoproteção, porque o vírus da gripe está a circular rapidamente.

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