Nunca foi tão elevada a percentagem de doentes com gripe nos cuidados intensivos dos hospitais nesta altura do ano, segundo revela os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS). Pelo menos 17% dos internados na última semana do ano foram diagnosticados com gripe.
O relatório da DGS diz ainda que a subida de casos pode refletir o aumento dos convívios no Natal e na passagem de ano e, por isso, da circulação do vírus da gripe.
O Hospital Amadora-Sintra continua a ser dos hospitais mais pressionados. Na manhã deste domingo, o tempo médio de espera para um doente urgente chegou a ultrapassar as 20 horas, quando o recomendado é uma hora. Os números disponibilizados no site do SNS mostram que para doentes muito urgentes, a espera chegou perto das cinco horas. O tempo aconselhado é de 10 minutos.
Pelas 13:00, no Amadora-Sintra estavam cerca de 150 utentes, entre doentes à espera da sua vez, pessoas que esperam por resultados de exames ou até para os realizar, que já foram vistos por médicos e aguardam por novo atendimentos, entre outros cenários.
No Hospital de Setúbal, a espera para um utente com pulseira amarela chegou às 15 horas. No Beatriz Ângelo, em Loures, atingiu as 11 horas.
Para aliviar a pressão nas urgências e dar resposta a doentes menos graves, este fim de semana estão abertos mais de 180 centros de saúde. Durante a semana, mais de 40 estão a funcionar durante a noite.