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Urgências na Grande Lisboa: hospitais de Loures e Amadora-Sintra são os mais pressionados

Os casos de gripe, sobretudo de gripe A, têm pressionado ainda mais as urgências nos últimos dias. A ex-ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu no Congresso do Partido Socialista que a situação a faz sentir-se "angustiada".

Hugo Garrido

Em média, 14 horas era que um doente urgente tinha de aguardar na manhã deste sábado para ser atendido no Hospital de Loures. Os dados são do site do Serviço Nacional de Saúde, que indica que o tempo recomendado para este tipo de utentes é uma hora.

No Amadora-Sintra, a espera também estava bastante acima do aconselhado, ultrapassando as 11 horas.

Já no Hospital de Santa Maria, a situação era menos crítica, mas ainda assim com tempos de espera acima do normal, fixando-se em mais de oito horas para um doente que na triagem recebeu a pulseira amarela.

No Garcia de Orta, em Almada, a espera para doentes muito urgentes, com pulseira laranja, chegou a ultrapassar uma hora. O recomendado são 10 minutos.

Os casos de gripe, sobretudo de gripe A, têm pressionado ainda mais as urgências nos últimos dias. A ex-ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu
no Congresso do Partido Socialista que a situação a preocupa.

"Quando olho para o que vai acontecendo no SNS, algumas situação graves e preocupantes, não posso deixar de me sentir angustiada", assumiu.

Para aliviar a pressão nas urgências e responder a casos menos graves este fim de semana estão abertos mais de 180 centros de saúde.

Durante a semana, mais de 40 estão a funcionar durante a noite.

Os hospitais militares de Lisboa e do Porto também estão a dar apoio e a receber doentes do Serviço Nacional de Saúde.

O Ministério da Saúde reforça, no entanto, o conselho: os utentes devem contactar a linha SNS24, através do 808 24 24 24, antes de recorrer a uma urgência hospitalar.

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