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Pizarro sobre idosa que morreu nas urgências: "Não podemos presumir que houve mau atendimento"

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, defende uma investigação, mas pede cautela na análise e na generalização. Uma idosa terá morrido no hospital de Penafiel depois de esperar várias horas para ser atendida.

Rui Carlos Teixeira

Cristina Freitas

Carlos Artur Carvalho

Frederico Pinto

A urgência do hospital Padre Américo, em Penafiel, distrito do Porto, enfrenta esta quarta-feira uma “situação caótica”, que pode ter contribuído para a morte de uma idosa de 80 anos. O ministro da Saúde defende uma investigação, mas pede cautela em relação ao caso.

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, defende uma investigação, mas pede cautela na análise e na generalização.

"Não podemos presumir, a partir apenas desta descrição, que houve um mau atendimento ou tratamento. Devo dizer que em muitos casos, depois de investigadas todas as circunstancias, a história é bastante diferente", salientou Manuel Pizarro.

A Ordem dos Enfermeiros denunciou que uma idosa morreu na maca dos bombeiros, depois de esperar várias horas para ser atendida. Segundo o relato, a mulher ficou com pulseira laranja, ou seja, um caso muito urgente que só deveria esperar 10 minutos.

O hospital de Penafiel, que chegou a ter 90 doentes internados na urgência, explica que a morte ocorreu após as 20h00, já depois da avaliação clínica, e acrescenta que a doente estava em fim de vida, sem critério para ser reanimada.

Pico de afluência em outras zonas do país

As ambulâncias continuam a chegar de vários concelhos. É o caso de Cinfães, onde falta resposta no centro de saúde porque o serviço de urgência básica está sem médicos.

No hospital de Braga também houve um pico de afluência, com 400 doentes ao longo do dia, mais de metade com pulseiras amarelas e laranjas. Mas a administração garante que a situação ficou normalizada na manhã desta quarta-feira.

A urgência do São João, no Porto, é uma das referências para os vários serviços a norte que estão encerrados. Os primeiros dias de janeiro estão a ser de mais trabalho, mas sem o habitual pico.

No segundo dia do ano, foram atendidas quase 700 pessoas, menos 200 que a 26 de dezembro.

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