É líder do PSD há um ano e sete meses e é, agora, candidato a primeiro-ministro pela primeira vez nas legislativas de dia 10 de março. Foi em Espinho onde começou a dar os primeiros passos na política, mas há ainda quem lhe aponte o dedo à falta de competências suficientes para liderar o Governo. Para Montenegro, “essa é uma questão de quem não tem argumentos”.
O que vai mudar?
O candidato a primeiro-ministro diz que tem consciência das dificuldades, mas diz-se preparado para as ultrapassar. No entanto, e apesar de considerar algo normal, acredita que as pessoas ainda não têm um “conhecimento completo” sobre a sua forma de estar, de ser e das competências políticas para liderar o Governo.
“Vou tentar desenvolver [esse conhecimento] com mais intensidade, no contacto direto com as pessoas. Quando eu estou diretamente com elas acabam por se convencer”.
As críticas
Os adversários tendem a dizer que Luís Montenegro não tem experiência suficiente para governar um país. Mas a essas vozes, o líder do PSD têm algo a dizer:
“Não estive no Governo, é verdade. Mas foi uma questão de escolha”. Além disso, “eu tenho um conhecimento muito grande do país. Desde que sou presidente do PSD já visitei quase todos os concelhos do país”.
O líder Partido Social Democrata diz que para exercer um cargo como o de primeiro-ministro é preciso “não só experiência política, como experiência de vida e contactos internacionais”, confessando que tem todos estes requisitos.
Pedro Nuno Santos, um adversário à altura?
Apesar de reconhecer qualidades, não poupa críticas ao líder eleito do PS.
“A sua experiência é composta por ideias erradas, retrógradas, que não trazem progresso, mas sim pobreza. São radicais e ao mesmo tempo é indesmentível que há imaturidade, precipitação e impulsividade”, apontou em entrevista.
O presidente do PSD admite que gostava de contar com a presença de Pedro Passos Coelho na campanha eleitoral para as eleições legislativas. Montenegro diz que está convicto que os ex-líderes do partido também querem o mesmo que ele: que o partido ganhe as próximas eleições.
“Estou a focar-me em ser uma alternativa a este caminho que trouxe empobrecimento e uma carga fiscal asfixiante”, rematou.