Ativistas “solidários” com o Coletivo de Libertação da Palestina vandalizaram a fachada da Câmara Municipal de Lisboa (CML), hasteando uma bandeira palestiniana e um cartaz com a mensagem “Palestina livre”. As imagens do protesto foram reveladas esta sexta-feira de manhã, nas redes sociais do movimento.
A palavra “genocida” foi escrita a tinta vermelha na fachada do edifício. Os ativistas terão ainda usado balões para manchar a fachada do edifício com tinta vermelha, o que lhes permitiu realizar a ação de forma rápida e, ao que tudo indica, sem que ninguém se tenha apercebido.
Na mensagem que acompanha as imagens, o grupo acusa o presidente da autarquia, Carlos Moedas, e o próprio município de apoiarem “o apartheid israelita”, sublinhando que o protesto também envolveu os movimentos Climáximo e a Greve Climática Estudantil de Lisboa, que têm usado esta forma de manifestação, com tinta, por diversas vezes ao longo dos últimos meses.
“As posições e ações do presidente da CML tornam-no e à autarquia cúmplices do genocídio que, há mais de dois meses, o regime israelita leva a cabo na Palestina”, acusa o grupo.
No comunicado, assinado pelos três movimentos - Coletivo pela Libertação da Palestina, Climáximo e Greve Climática Estudantil de Lisboa -, os ativistas asseguram que não vão assistir parados “ao genocídio”, referindo que não podem “consentir com instituições que celebram um regime de apartheid”.
Carlos Moedas já reagiu, através de um comunicado, manifestando “profundo repúdio contra o atentado levado a cabo a um património classificado e único da nossa cidade e País”.
“O que aconteceu esta madrugada [de sexta-feira] na Casa da República e de todos nós é mais do que um ato selvagem e bárbaro. É a vandalização de princípios da democracia no seu estado mais puro”, lê-se na mensagem, na qual o presidente da autarquia diz esperar “que todos os grupos políticos representados no Executivo municipal possam publicamente acompanhar e condenar este crime”.
Durante a manhã decorreram trabalhos de limpeza da fachada do edifício.