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"Não iremos parar": professores não confiam "cegamente" em promessas eleitorais

S.TO.P continua em greves, desta vez em Portimão, onde se critica a sobrecarga dos funcionários e os salários precários.

João Tiago

Luís Silva

O S.TO.P. convocou para esta quarta-feira uma manifestação à porta da Assembleia da República e garante os protestos dos profissionais da educação não vão parar até às eleições. No penúltimo dia de duas semanas de greve, várias escolas de Portimão estiveram esta terça-feira fechadas ou a meio gás.

Não pararam as greve com a queda do Governo. E, ao fim de duas semanas, Portimão teve escolas fechadas em pelo menos uma.

"Há poucos funcionários nas escola para atender todas as necessidades eles estão estoirados ganham pouco e estão no direito deles de fazer greve", disse Sandra Marques, professora.

O S.TO.P ainda hesitou, com a convocação de eleições antecipadas, mas o sindicato quis manter a pressão sobre o orçamento que se cozinhava no Parlamento e sobre os candidatos à sucessão de António Costa.

"Vemos pessoas que antes votaram contra a contagem do tempo serviço agora defendem isso, demonstra o que a luta grandiosa pode fazer, mas claramente não confiamos cegamente em ninguém", diz André Pestana, porta-voz do S.TO.P.

Recado para Luís Montenegro. Os professores só acreditam na promessa quando a virem escrita no papel.

Seguem por isso para plenário. Estão reunidos representantes de boa parte das escolas do Barlavento Algarvio. As eleições são afinal uma oportunidade.

“Venha quem vier no próximo Governo… não iremos parar”, avisa André Pestana.

Quarta-feira, dia da votação final do Orçamento do Estado, cantarão à porta do Parlamento “não paramos”.

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