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Produção de cereais está a melhorar, mas pera, maçã e castanha em perda

Com os cereais a sair de um dos piores anos de sempre, a época das sementeiras trouxe os primeiros sinais de otimismo. As culturas de regadio continuam com tendências muito positivas graças ao armazenamento das barragens.

Pedro Galego

José Louro

As previsões do Instituto Nacional de Estatística para o setor da agricultura trazem algum otimismo. A reversão da situação de seca no país é fundamental para os próximos meses.

Com o país mergulhado numa situação de seca severa nos últimos anos, a agricultura foi um dos sectores mais prejudicados. Situação que agora se inverte, muito por culpa das chuvas do início do outono.

“No Alto Alentejo veio ajudar as pastagens e toda a parte pecuária que vinha do ano mais seco de sempre”, disse, à SIC, José Maria Rasquilha, da Cersul (Agrupamento de Produtores de Cereais do Sul).

Com os cereais a sair de um dos piores anos de sempre, a época das sementeiras trouxe os primeiros sinais de otimismo. Prova disso é a atividade da Cersul, no concelho de Elvas.

As culturas de regadio continuam com tendências muito positivas graças ao armazenamento das barragens.

Os números do INE destacam a subida na produção de tomate industrial e dos campos de milhos. A tendência positiva também chega ao amendoal, já que a entrada em velocidade cruzeiro de alguns pomares no Alentejo permitiu a maior produção de sempre de amêndoa no país com 53 mil toneladas.

As previsões agrícolas publicadas esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística trazem algum otimismo ao setor, apesar de evidenciarem que na cultura da maçã, da pera e na castanha os resultados continuam com variação negativa face aos anos anteriores. Em crescimento está a vinha, que se espera ter um ano bastante positivo

As perspetivas são de grande quantidade e qualidade numa estimativa próxima dos 7,3 milhões de hectolitros, a maior desde 2006.

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