As previsões do Instituto Nacional de Estatística para o setor da agricultura trazem algum otimismo. A reversão da situação de seca no país é fundamental para os próximos meses.
Com o país mergulhado numa situação de seca severa nos últimos anos, a agricultura foi um dos sectores mais prejudicados. Situação que agora se inverte, muito por culpa das chuvas do início do outono.
“No Alto Alentejo veio ajudar as pastagens e toda a parte pecuária que vinha do ano mais seco de sempre”, disse, à SIC, José Maria Rasquilha, da Cersul (Agrupamento de Produtores de Cereais do Sul).
Com os cereais a sair de um dos piores anos de sempre, a época das sementeiras trouxe os primeiros sinais de otimismo. Prova disso é a atividade da Cersul, no concelho de Elvas.
As culturas de regadio continuam com tendências muito positivas graças ao armazenamento das barragens.
Os números do INE destacam a subida na produção de tomate industrial e dos campos de milhos. A tendência positiva também chega ao amendoal, já que a entrada em velocidade cruzeiro de alguns pomares no Alentejo permitiu a maior produção de sempre de amêndoa no país com 53 mil toneladas.
As previsões agrícolas publicadas esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística trazem algum otimismo ao setor, apesar de evidenciarem que na cultura da maçã, da pera e na castanha os resultados continuam com variação negativa face aos anos anteriores. Em crescimento está a vinha, que se espera ter um ano bastante positivo
As perspetivas são de grande quantidade e qualidade numa estimativa próxima dos 7,3 milhões de hectolitros, a maior desde 2006.