A Luís Delgado não restam dúvidas de que “o que se vê, tanto do primeiro-ministro como de figuras importantes do PS” é que estão, “ao contrário do que o próprio primeiro-ministro pediu, todos focados na Justiça, na Procuradora-Geral da República (PGR), no Ministério Público e, agora, no Presidente da República”.
Para o comentador da SIC, os socialistas preparam a campanha para as eleições de 10 de março “focados no que aconteceu a 7 de novembro”, em que a Operação Influencer veio a público, levando à demissão de António Costa.
“O que se sente é um primeiro-ministro muito magoado com o Presidente da República, muito amargurado com a Procuradora-Geral e o Ministério Público. Genericamente, inconformado com todos e com o que se sucedeu, que pensa que podia ter sido evitado, não vemos é como”, afirmou Luís Delgado, sobre as mais recentes declarações de António Costa, à margem da Comissão Nacional do PS.
A Comissão Nacional do PS aprovou este sábado, sem votos contra, a proposta de regulamento do congresso, marcando-o para os dias entre 5 e 7 de janeiro.
De acordo com o presidente da Comissão Organizadora do Congresso (COC), Pedro do Carmo, na proposta de regulamento constava também a marcação das eleições diretas internas para o cargo de secretário-geral, e a decisão foi manter as datas inicialmente previstas, ou seja, 15 e 16 de dezembro, três semanas antes do congresso.
Para a sucessão de António Costa na liderança do PS, estão já no terreno três candidaturas: a do ex-secretário-geral adjunto e atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a do deputado socialista e ex-ministro Pedro Nuno Santos, e a do dirigente Daniel Adrião.