O dirigente socialista Daniel Adrião afirmou este sábado que se candidata ao cargo de secretário-geral do PS em nome da "descontinuidade" face à linha seguida por António Costa e defendeu que o novo ciclo exige outros protagonistas.
Daniel Adrião falava aos jornalistas à entrada para a reunião da Comissão Nacional do PS, no Parque das Nações, em Lisboa, depois de interrogado sobre a razão da sua candidatura à liderança dos socialistas, cujas eleições deverão ser marcadas para 15 e 16 de dezembro.
"Para um novo ciclo político são necessários novos protagonistas. A minha candidatura não é de continuidade, sendo antes de descontinuidade. É uma candidatura com ideias muito claras, muito distintas, com um novo modelo de governança para o PS e com um novo projeto reformista e transformador para o país", sustentou.
Interrogado sobre como se vai posicionar entre dois candidatos à liderança do PS considerados fortes, Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro, Daniel Adrião contrapôs: “Havia candidato mais forte do que António Costa, primeiro-ministro do país?”
"No entanto, em nome dos ideais e do projeto alternativo que defendo, decidi apresentar candidaturas à liderança do PS. Nenhum dos meus camaradas José Luís Carneiro ou Pedro Nuno Santos é tão forte como foi António Costa", frisou.
Daniel Adrião vai anunciar formalmente hoje, durante a reunião da Comissão Nacional do PS, que se recandidata à liderança dos socialistas, depois de já o ter feito em 2016, 2018 e 2021, sempre contra o atual secretário-geral, António Costa.