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António Costa: "A melhor solidariedade em relação a mim? Uma vitória do PS"

As críticas de António Costa à Justiça e ao Presidente da República foram feitas em declarações aos jornalistas, à margem da Comissão Nacional do PS.

SIC Notícias

O secretário-geral do PS, António Costa, deixou, este sábado à margem da Comissão Nacional do PS, críticas à Justiça portuguesa e ao Presidente da República.

Questionado sobre as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, que disse que chamou Lucília Gago a Belém, a 7 de novembro, a pedido do primeiro-ministro, Costa não o confirmou e reiterou que não comenta publicamente conversas com o chefe de Estado.

“Em oito anos, nunca transmiti ou comentei publicamente as minhas conversas com o Presidente da República e essa é uma boa prática. (…) As conversas entre Presidente da República e primeiro-ministro são conversas que têm de assentar na confiança entre ambos (…) No dia em que cada um comece a achar que pode dizer o que é que o outro disse ou não disse, seguramente as relações entre os órgãos de soberania correrão com uma menor fluidez do que aquilo que devem correr”, afirmou Costa.

Sobre a investigação que incide sobre si, António Costa antecipa um processo “que durará muito e muito tempo”.

“Se for diferente, também ficarei a saber pela comunicação social, que é o meio de comunicação que a Justiça tem mantido comigo”, disse.

Na intervenção que abriu a reunião partidária, Costa afirmou que a melhor solidariedade que o partido pode dar em relação à sua situação pessoal é uma vitória nas eleições legislativas antecipadas de 10 de março.

"A melhor solidariedade em relação a mim é uma vitória do PS no dia 10 de março", declarou, citado por dirigentes socialistas presentes na reunião.

Na sua intervenção inicial, o ainda líder dos socialistas elogiou por igual dois dos três candidatos à sua sucessão no cargo de secretário-geral do PS, cujas eleições diretas internas estão marcadas para os dias 15 e 16 de dezembro.

António Costa assinalou que, tanto Pedro Nuno Santos, como José Luís Carneiro, trabalharam consigo. Nesta referência, deixou de fora Daniel Adrião, que se candidatou contra si nas eleições diretas internas de 2016, 2018 e 2012.

No final do seu discurso, de acordo com as mesmas fontes, foi aplaudido de pé pela maioria dos membros da Comissão Nacional do PS.

Posteriormente, em declarações aos jornalistas, o secretário-geral do PS garantiu que não irá apoiar nenhum dos candidatos à liderança do partido.

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