País

Operação Influencer: parágrafo que implica Costa foi escrito por Lucília Gago

Segundo fontes judiciais, Lucília Gago terá receado que o Ministério Público pudesse ser acusado de proteger o primeiro-ministro quando a investigação do Supremo Tribunal de Justiça se tornasse pública.

HUGO DELGADO

SIC Notícias

Foi a procuradora-geral da República, Lucília Gago, quem decidiu incluir o último parágrafo do comunicado sobre a Operação Influencer, que revelava a existência de uma investigação criminal contra António Costa.

A informação é avançada pelo jornal Expresso.

Segundo fontes judiciais, Lucília Gago terá receado que o Ministério Público (MP) pudesse ser acusado de proteger o primeiro-ministro quando a investigação do Supremo Tribunal de Justiça se tornasse pública.

Ainda assim, a demissão de António Costa terá apanhado de surpresa tanto a procuradora-geral, como os restantes procuradores que investigam o caso, avançou Adão Carvalho, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, ao Expresso.

O semanário escreve ainda que o Presidente da República foi o primeiro a saber do parágrafo que mencionava o primeiro-ministro mas que não interferiu no teor do comunicado.


Ministério Público investiga António Costa


António Costa é alvo de uma investigação autónoma do MP no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos nos negócios investigados.

O MP considera que houve intervenção do primeiro-ministro na aprovação de um diploma favorável aos interesses da empresa Start Campus.

Na investigação aos negócios do lítio, hidrogénio verde e do data center de Sines podem estar em causa os crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e tráfico de influência.

Últimas