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Operação Influencer: medidas de coação são conhecidas esta segunda-feira

O Ministério Público pede ao juiz prisão preventiva para Diogo Lacerda Machado e Vítor Escária e suspensão de mandato para o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas.

RODRIGO ANTUNES

SIC Notícias

As medidas de coação aplicadas aos cinco detidos da Operação Influencer são conhecidas esta segunda-feira. As medidas deverão ser conhecidas pelas 15:00.

O Ministério Público pede ao juiz prisão preventiva – a medida mais gravosa – para Diogo Lacerda Machado e Vítor Escária, ambos indiciados por prevaricação e tráfico de influências. Para o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, a acusação pede a suspensão do mandato.

Para os dois administradores da Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, os procuradores pedem o pagamento de uma caução de 100.000 euros e a proibição de contactar os restantes arguidos.

Na investigação aos negócios do lítio, hidrogénio verde e do data center de Sines podem estar em causa os crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e tráfico de influência.

Os cinco arguidos mantêm-se no comando metropolitano da PSP e as medidas de coação decretadas pelo juiz devem ser conhecidas durante a tarde de segunda-feira.

Mais de 50 escutas com referência a António Costa

O Ministério Público analisou dezenas de escutas que referem António Costa. São conversas telefónicas com os principais suspeitos da Operação Influencer que incluem Vítor Escária, chefe de gabinete do primeiro ministro, João Galamba, atual ministro das Infraestruturas, e Afonso Salema, diretor executivo da Start Campus.

Numa delas, Afonso Salema terá dito que, para a resolver uma questão importante para a empresa, era preciso escalar já ao primeiro-ministro.

António Costa terá também sido referido muitas vezes por João Galamba. No despacho de indiciação, a que a SIC teve acesso, existem várias escutas onde o governante terá referido a necessidade de intervenção do primeiro-ministro para desbloquear situações em benefício da empresa.

Já Vítor Escária, chefe de gabinete do primeiro-ministro, terá sido escutado também numa conversa com João Galamba, em setembro de 2021, onde Galamba indicava uma situação delicada em Sines que só poderia ser resolvida com a intervenção do núcleo duro de coordenação do Governo.

Com LUSA

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