António Costa não vai estar presente na Cimeira dos Socialistas Europeus, em Málaga, que acontece esta sexta-feira. Seria um dos oradores, mas o nome já foi retirado da lista de intervenções.
A demissão e a garantia de que não se recandidata ao cargo deverão afastar também o primeiro-ministro dos preparativos das próximas eleições europeias e podem atingir o estatuto que tem vindo a conquistar entre os socialistas europeus nos últimos oito anos.
“As notícias dos últimos dias tiveram impacto em Bruxelas na ideia que se tinha de António Costa. E se até agora os rumores colocavam António Costa nos ‘presidenciáveis’, as últimas notícias dão uma machadada nesses rumores”, explica a correspondente da SIC em Bruxelas, Susana Frexes.
A SIC sabe que, na quarta-feira, no Eurogrupo ao qual Fernando Medina faltou, quem não é português tentou apurar os contornos da investigação e as consequências políticas.
Há fontes que acreditam numa reviravolta caso a investigação tenha um desfecho a favor de António Costa e em tempo útil.
Recorde-se que, até agora, António Costa tem somado elogios à esquerda e à direita. Em 2019, chegou a ser sondado para Presidente do Conselho Europeu e o nome era falado também em Bruxelas para possível candidato ao cargo no próximo ano.