Entre os 20 maiores incêndios do ano, quatro ocorreram numa área circunscrita aos concelhos de Leiria e Ourém. Além de reparação dos estragos, tenta-se já preparar o futuro da floresta.
A Polícia Judiciária deteve pelo menos dois suspeitos, com cerca de 30 anos, de terem ateado fogos na zona que é fronteira entre os concelhos de Leiria e Ourém, ao longo de agosto. Ficaram em prisão preventiva, sendo que um deles já tinha sido condenado por atos semelhantes.
Colada à Caranguejeira, a freguesia de Matas e Cercal, já no concelho de Ourém, também não teve descanso com ignições constantes.
Este ano, Ourém viu arder 1.000 hectares. O impacto foi menor do que no ano passado. Ainda assim, os três programas de recuperação em andamento ascendem a dois milhões de euros.
A luta é constante para proteger o território e as áreas integradas de proteção da paisagem são a mais recente tentativa.
Programa de reflorestação em Leiria
Já em Leiria, aposta-se no reforço da videovigilância da floresta e no esforço de voluntários. Também se quer tornar a floresta mais resiliente.
O município lançou um programa de reflorestação com o objetivo de plantar nas áreas ardidas, espécies autóctones mais resistentes ao fogo.
72 proprietários já demonstraram interesse num modelo que une privados. A ideia é avançar ainda este ano, com o valor por hectare ainda a ser definido.
Tenta-se assim evitar que as manchas de floresta abandonada sejam um barril de pólvora, numa zona onde o Verão em vez de descanso é época de medo e sobressalto.