O Governo e os sindicatos dos professores estão esta terça-feira novamente reunidos para discutir o diploma sobre a formação de novos docentes para combater a falta de professores nas escolas, mas o valor dos salários e a exigência de mais formação está a dividir os sindicatos e a tutela.
No diploma sobre a formação de professores, o Ministério da Educação aceitou a exigência dos sindicatos e o tempo de estágio passa a contar como tempo de serviço.
“É melhor do que o que estava, sem dúvida alguma, mas não está garantida a equidade entre todos os formandos”, declarou Manuel Teodósio, da Federação Nacional da Educação (FNE).
Na proposta alterada há outra cedência que sabe a pouco.
“O orientador, que tinha apenas uma hora para cada estagiário, passa a ter três horas para o primeiro, mas apenas uma hora para os restantes. Como é evidente, quem prepara um trabalho para orientar um estágio não prepara para todos porque os estagiários não têm todos os mesmos anos de escolaridade, não são iguais”, afirmou Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof.
A falta de professores levou este ano à entrada nas escolas de mais de mil professores sem formação pedagógica. Os sindicatos insistem que, desta forma, a qualidade do ensino fica comprometida.
Sobre o Orçamento do Estado, entregue esta terça-feira no Parlamento, dizem ter recebido uma folha em branco num encontro sem o ministro, João Costa. Foi o secretário de Estado quem quis dar por concluído o diploma, mas a FNE pediu já uma negociação suplementar.