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PSD perde 5 pontos, PS mantém-se longe da maioria absoluta

Se as eleições fossem hoje, o PSD teria um resultado pior do que teve no ano passado. De acordo com a sondagem do ICS e ISCTE para a SIC e o Expresso, o PS voltaria a ganhar, mas ficaria muito longe da maioria absoluta.

António Costa
Domenic Aquilina

Inês Timóteo

Se o calendário eleitoral correr como previsto, só haverá legislativas em 2026. Mas se acontecessem agora, o PS voltava a ganhar. É verdade que o partido liderado por António Costa não sobe, mas também não desce nas intenções de voto: mantém os exatos 31% da ultima sondagem do ICS e do ISCTE para a SIC e o Expresso, o que o deixa muito abaixo da maioria absoluta. Com efeito, são menos 10 pontos do que o resultado das eleições de janeiro de 2022.

Tombo, e grande, regista o PSD. O partido dá passos atrás e cai cinco pontos nas intenções de voto, quando há quatro meses tinha um empate técnico com os socialistas. Luís Montenegro não é deputado e por isso não tem palco parlamentar. De fora da Assembleia da República, o líder social-democrata vê as intenções de voto no PSD a descerem, não só em relação à última sondagem, mas em comparação com as últimas legislativas: são cerca de dois pontos abaixo do resultado eleitoral obtido pelo seu antecessor, Rui Rio.

Apesar da queda laranja, o Chega não capitaliza e mantém-se nos 13%. A CDU e o Bloco de Esquerda sobem ambos um ponto e ficam à frente da Iniciativa Liberal. PAN e Livre aparecem com 2%, o mesmo valor que o CDS - que sobe um ponto em relação à ultima sondagem.

Mesmo com acordos, nem à esquerda, nem à direita se atinge os 50%. Ainda assim, uma maioria de esquerda teria mais hipóteses aritméticas de governar.

Protagonistas políticos com avaliação negativa

Na avaliação, todos os protagonistas políticos pioram. E só o Presidente da República tem nota positiva: numa escala de 0 a 10, Marcelo Rebelo de Sousa é avaliado com mais de seis. Em terreno negativo, continua António Costa, com 4,6.

Avaliada pela primeira vez nestes estudos de opinião, Mariana Mortágua fica-se pelos 3,8 - um valor abaixo do último registado por Catarina Martins. Luís Montenegro só aparece em quarto lugar, atrás da nova coordenadora do Bloco. Seguem-se Rui Tavares do Livre, que aparece à frente do lider do Chega. Paulo Raimundo é avaliado com 2,9 e Rui Rocha, presidente da Iniciativa Liberal, aparece atrás do secretário-geral do PCP. Inês Sousa Real e Nuno Melo obtêm a mesma nota.

A avaliação do Governo também já teve dias melhores. Mais de metade dos inquiridos considera mau ou muito mau o desempenho do Executivo. Apenas 1% considera que é muito bom.

Se o calendário se cumprir, haverá eleições para um novo Parlamento daqui a três anos. Mas já daqui a oito meses há eleições para o Parlamento Europeu. E vão ser um teste para todos os partidos.

Ficha técnica

Este estudo de opinião foi coordenado pelo ICS e pelo ISCTE para a SIC e para o Expresso. A informação foi recolhida num universo de indivíduos maiores de 18 anos, residentes em Portugal, através de entrevista presencial. O trabalho de campo foi realizado pela GfK Metris entre 16 e 25 de setembro, tendo sido contactados 2926 indivíduos e validadas 804 entrevistas. A margem de erro máxima é de +/- 3,5%, com um nível de confiança de 95%.

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