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Transformar o vinho em aguardente: adegas do Douro querem avançar com destilação de crise

As adegas do Douro pedem ao Governo para avançar com uma destilação de crise. Transformar o vinho em aguardente é a única forma das cooperativas libertarem espaço de armazenamento, num ano em que muitas estão a receber o dobro das uvas.

Manuela Carneiro

Miguel Costa

As adegas cooperativas do Douro já tinham alertado para a crise que estão a viver nesta vindima. Este sábado, reuniram com os representantes da produção para encontrar soluções para o excedente de uvas que estão a receber.

Sem capacidade para tratar tanta matéria prima, muitas cooperativas podem entrar em rutura e, por isso, pedem a intervenção do Governo para avançar com medidas como uma destilação de crise.

Algumas adegas cooperativas estão a receber o dobro da produção de outros anos e estão a servir de tábua de salvação aos produtores que viram muitas empresas rejeitar-lhes a compra das uvas, como era habitual.

Por isso, os responsáveis pela produção pedem que se avance com alguma regulação como, por exemplo, o contrato de vindima.

A enfrentar mais uma crise o setor da produção pede um refinanciamento das adegas cooperativas, até pelo papel social que desempenham, e mais promoção no exterior para contornar a retração do mercado na compra de vinhos que criou um problema de acumulação de stocks no Douro.

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