Pelo menos oito mil pessoas ocuparam, este sábado, toda a extensão da rua de Santa Catarina, no Porto, desde a Praça da Batalha até à Rua Fernandes Tomás, manifestando-se pelo direito à habitação enquanto os turistas observavam a marcha.
A estimativa foi adiantada à Lusa por fonte da PSP, sendo visível uma mancha de pessoas que preenchia por completo a maior parte da zona pedonal daquela artéria da cidade do Porto, com os manifestantes a passarem pelos turistas que observavam com espanto a dimensão do protesto.
Palavras de ordem como "Paz, Pão, Saúde, Habitação", "A Habitação é um direito, sem ela nada feito", "A casa é para morar, não é para especular", "Para os bancos vão milhões, para nós vêm tostões", "Nem gente sem casa, nem casa sem gente" foram das mais entoadas pelos milhares de manifestantes.
Os muitos cartões na Rua de Santa Catarina, no Porto, são muito provavelmente a cama de alguém. A existência de pessoas sem casa é uma realidade, que não passa ao lado quando se fala de habitação.
As famílias veem-se confrontadas com escolhas que não tinham de fazer para conseguir pagar todas as contas. E, para os jovens, comprar ou arrendar casa parece impossível.
Marcha terminou na Avenida dos Aliados
A manifestação pela Habitação, no Porto começou na Praça da Batalha, passou pela Rua de Santa Catarina e Rua de Passos Manuel, até chegar à Avenida dos Aliados, em frente à Câmara Municipal do Porto.
O tema junta vários setores e sensibilidades da sociedade. Todos pedem mais habitação a um preço que as pessoas consigam pagar.
Com Lusa