São quase 280 utentes que todos os dias comem, fazem higiene e vivem dependentes de cuidados de saúde na Santa Casa da Misericórdia de Mangualde. No último ano, os custos dispararam para a instituição, mas as obrigações com os idosos não diminuíram.
"Em especial no gás e na alimentação, tivemos aumentos que duplicaram. Junta-se também ao aumento da tabela salarial, que tivemos de atualizar. Tem de haver um cuidado muito rigoroso na gestão", admite a diretora técnica Marta Leitão.
Só com o gás, os próximos meses de inverno estão estimados em 8.000 euros mensais, quase o dobro em relação ao ano passado. Já na alimentação, essa fatura duplicou há muito: são 6.000 euros por mês.
“Os utentes também chegam a nossa instituição cada vez mais dependentes, o que traz custos acrescidos, porque as famílias também não estão a atravessar uma fase muito boa e não têm rendimentos para conseguir colocá-los numa instituição e pagar mensalidade”, diz Marta Leitão.
Instituição tem 200 funcionários
A Santa Casa de Mangualde, que podia ser considerada uma grande empresa para esta região do país, tem quase 200 funcionários e garantir contas certas a cada mês não é fácil.
No lar, a dança e outras atividades ainda vão mantendo os utentes alheios à cada vez mais difícil gestão financeira face a inflação.