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Medidas para a habitação são "uma folgazinha importante", diz Marcelo

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira um decreto-lei que estabelece uma medida excecional de fixação temporária que "permite reduzir a prestação paga pelos mutuários de crédito à habitação e estabilizá-la pelo prazo de dois anos".

SIC Notícias

O Presidente da República diz que as medidas aprovadas pelo Conselho de Ministros são focadas a pensar no imediato. Marcelo Rebelo de Sousa chama-lhes mesmo "uma folgazinha".

"Apesar de tudo, é uma folgazinha importante para as famílias no imediato, à espera que a situação de fundo melhore", disse o chefe de Estado.

No entanto, assegura que as medidas são importantes para a habitação e garante que vai apreciar os diplomas com urgência, assim que cheguem a Belém.

O chefe de Estado salientou que ainda não conhece a legislação aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros, mas reiterou que lhe parece "positiva a ideia" de adiar por um determinado período uma parte dos juros dos créditos à habitação, "para o que se espera que seja a ultrapassagem da crise".

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, não podendo o Governo "ir direto à causa fundamental", a política de juros do Banco Central Europeu (BCE), nem controlar a inflação no conjunto da Europa, está a adotar "um paliativo" que permite "ganhar fôlego".

O Presidente da República voltou a considerar que esta medida também tem "alguns efeitos políticos" e é importante para "retirar argumentos aos populistas e aos mais contestatários que, perante uma situação destas em período de eleições europeias, teriam aqui um argumento muito apetecível de crítica e de campanha eleitoral".

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira um decreto-lei que estabelece uma medida excecional de fixação temporária que "permite reduzir a prestação paga pelos mutuários de crédito à habitação e estabilizá-la pelo prazo de dois anos".

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