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Hospital Beatriz Ângelo conclui inquérito à morte de idoso

No dia 21 de agosto, um idoso de 93 anos com uma fratura na anca terá ficado quase seis horas numa maca de uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Camarate à espera de ser transportado para o Hospital de Santa Maria, acabando por falecer.

Lusa/ Arquivo

Lusa

SIC Notícias

O Hospital Beatriz Ângelo concluiu o inquérito à morte de um idoso que alegadamente esperou seis horas para ser transferido para outra unidade e o relatório foi enviado para a Entidade Reguladora da Saúde, anunciou esta segunda-feira a instituição.

No dia 21 de agosto, o idoso, de 93 anos, com uma fratura na anca, terá ficado, segundo vários órgãos de comunicação social, quase seis horas numa maca de uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Camarate à espera de ser transportado para o Hospital de Santa Maria, no concelho vizinho de Lisboa.

Numa nota à comunicação social divulgada esta segunda-feira, o Conselho de Administração do Hospital Beatriz Ângelo (HBA), em Loures, refere que "deu já por concluído o processo de Inquérito interno, aberto com vista ao apuramento dos factos relacionados com a assistência prestada, naquela data, ao mesmo utente".

Segundo o hospital, "o relatório foi já enviado para a Entidade Reguladora da Saúde e o mesmo e os demais elementos constitutivos do processo de inquérito ficam desde já disponíveis para consulta pelas autoridades competentes que o requeiram".

"O hospital não irá informar quais são as conclusões"

Contactada pela agência Lusa, uma fonte oficial do HBA afirmou que "o hospital não irá informar quais são as conclusões" do inquérito, sublinhando que "nem o deve fazer".

A fonte do HBA adiantou que, tal como tinha sido comunicado oficialmente no dia 22 de agosto, "o hospital abriu de imediato um processo de inquérito interno às circunstâncias que rodearam o falecimento" do utente.

Nesse sentido, designou dois instrutores para conduzirem o inquérito que, "como mandam as regras, realizaram o seu trabalho de forma absolutamente livre e de forma bastante rigorosa e diligente", tendo acesso a toda a informação que entenderam necessária e a todos os intervenientes que entenderam relevantes, referiu.

"No final desse trabalho, que realizaram de uma forma absolutamente livre, diligente, rigorosa e bastante aprofundada, submeteram na passada semana superiormente ao Conselho de Administração o seu relatório, as suas conclusões, das quais o Conselho de Administração se limitou a tomar conhecimento, não interferindo sobre nenhum elemento ou conclusão desse mesmo relatório", declarou a mesma fonte.

Avançou ainda que no mesmo dia em que tomou conhecimento do relatório, o Conselho de Administração deu conhecimento do mesmo à Entidade Reguladora da Saúde, que já tinha manifestado interesse em ter acesso a essa informação quando estivesse disponível.

"Demos por concluída a nossa intervenção no processo, ficando obviamente à disposição quer da Entidade Reguladora da Saúde, quer das outras autoridades competentes que requeiram ter acesso ao processo para todas as questões que entendam necessárias e relevantes".

A fonte reiterou que as conclusões constam do relatório, bem como os elementos, as evidências, as constatações que levaram a essas conclusões, que "estão totalmente disponíveis para serem auditadas, consultadas pelas autoridades competentes, desde logo a ERS que manifestou esse interesse".

"O hospital e o seu conselho de administração aguardam agora serenamente pelo desenvolvimento dos trabalhos dessas outras entidades que também irão fazer o seu trabalho de forma absolutamente livre e independente", concluiu.

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