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Montenegro disponível para acordo que baixe IRS dos jovens nos próximos anos

O líder do PSD desafiou o Governo a assumir se vai ou não baixar o IRS em 2023, sublinhando que é “imoral” se não o fizer, “em especial para a classe média”.

PEDRO SARMENTO COSTA

SIC Notícias

Lusa

Luís Montenegro manifestou-se disponível para “assinar um compromisso” com o Governo para limitar a taxa de IRS dos jovens até aos 15%. O líder do PSD partilhou a intenção nas redes sociais.

“Estou disposto a assinar um compromisso em nome do PSD para que nos próximos 15 ou 20 anos as taxas de IRS dos jovens até aos 35 anos de idade variem entre 0 e 15% no máximo. É imoral que o Governo não aceite baixar o IRS já em 2023, em especial da classe média”, escreveu.

Na publicação, Montenegro sublinha que o Governo já arrecadou “mais de 2,2 mil milhões de euros” em contribuições e impostos em 2023. Escreveu ainda que “a classe média não pode ser o parente pobre da política portuguesa”.

Costa defende que redução do IRS não pode pôr em causa "contas certas"

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta quarta-feira que o Governo irá continuar progressivamente a reduzir o IRS, mas que a redução tem de ser feita "de forma justa" para não pôr em causa "as contas certas do Estado".

"Já reduzimos, de 2015 até agora, em cerca de dois mil milhões de euros aquilo que [os portugueses] pagam e o que consta do plano de estabilidade é que, daqui até ao final da legislatura, tencionamos que haja uma redução no custo do IRS para o conjunto das famílias", afirmou António Costa.

À margem de uma visita a uma nova residência da Universidade do Porto, o governante salientou, contudo, que a redução do imposto sobre o trabalho tem de ser realizada "de forma justa" para não pôr em causa "as contas certas do Estado".

"Num contexto em que a taxa de juro tem vindo a subir muito significativamente, onde receamos que amanhã o Banco Central Europeu volte a tomar uma nova decisão de subida da taxa de juro, essa taxa de juro sobe para as famílias com os créditos que têm, mas também sobe para o Estado", referiu.

António Costa disse ainda que o Estado deverá no próximo Orçamento do Estado "gastar mais dinheiro em juros" do que gastou este ano.

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