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Costa acusa membros do Conselho de Estado de alimentarem "fugas de informação com mentiras"

A reunião foi "tensa" segundo essas fugas de que o primeiro-ministro fala, mas para o chefe do Executivo o Conselho de Estado e a democracia não são preservados com a quebra da regra da confidencialidade da reunião.

Maria Madalena Freire

SIC Notícias

O Primeiro-ministro acusa os membros do Conselho de Estado de alimentarem fugas de informação com mentiras sobre o que se passa nas reuniões de aconselhamento do Presidente da República. Sem nunca referir nomes, António Costa diz que estes elementos estão a prestar um mau serviço à democracia.

A primeira parte do Conselho de Estado, antes de agosto, já tinha causado polémica por ter ficado a meio por compromissos do primeiro-ministro. Agora, a segunda parte, que concluiu o Conselho, esta terça-feira também já está a dar que falar por António Costa… não ter falado.

Para o primeiro-ministro, estas “fugas de informação” aos meios de comunicação social não preservam a regra da confidencialidade.

“Nunca ninguém me ouviu falar sobre o que acontece no Conselho de Estado, quem fala não fala, por uma razão fundamental temos de respeitar as instituições e o Conselho de Estado assenta numa regra fundamental de confidencialidade”, referiu esta quarta-feira António Costa.

De acordo com o semanário Expresso, o clima da reunião “foi tenso” e António Costa manteve-se em silêncio durante as quase três horas de Conselho de Estado, tendo deixado Marcelo Rebelo de Sousa sozinho na longa análise à situação económica e social do país.

Para Costa, “quem nas últimas reuniões tem decidido fazer fugas seletivas ou contado mentiras sobre o Conselho de Estado presta um péssimo serviço às instituições, à democracia e Conselho de Estado”.

Mais. O primeiro-ministro explicou que o Conselho de Estado é um órgão de consulta do Presidente da República e que todos os membros se devem “sentir livres para se expressar, ou não” para que Marcelo possa beneficiar dessa informação.

“Comprometer esse caráter de confidencialidade é um mau contributo por isso não contarão comigo para esse mau contributo”, concluiu Costa.

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