Há pelo menos 100 mil diligências adiadas e só em Lisboa faltam mais de 400 oficiais de justiça e até ao final do ano vão aposentar-se mais 120, números avançados pelo presidente do Sindicato dos funcionários judiciais, António Marçal, em entrevista à SIC.
Esta sexta-feira é a reabertura do ano judicial, mas continuam os problemas do costume. A proposta do novo estatuto profissional que o Governo prometeu apresentar continua na gaveta.
“Não há da parte do Governo absolutamente nada. É um silêncio que é ensurdecedor e que nós consideramos mesmo criminoso”, referiu o presidente do Sindicato dos funcionários judiciais.
Sem a nova tabela salarial e o suplemento, velhas reivindicações, os funcionários avançam com novas paralisações logo no primeiro dia do regresso ao trabalho, dificultando, assim também, a distribuição de processos e a aplicação da lei da amnistia que entra em vigor.
Uma semana depois, um novo protesto que está previsto durar até ao final do ano. O sindicato critica também a politica de salários a rondar os 800 euros para os novos funcionários, cerca de 200 já contratados.
Com a ameaças de paralisação e vários pré-avisos de greve, o ano judicial reabre com menos 1500 oficiais de justiça nos tribunais, segundo as contas do sindicato.