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Mais Habitação é “vazio” e um “ataque” ao país, dizem partidos

Os partidos desdobram-se em críticas ao PS e ao diploma Mais Habitação, vetado por Marcelo Rebelo de Sousa, mas que será reconfirmado pela maioria absoluta no Parlamento.

SIC Notícias

Nas reações ao veto de Marcelo Rebelo de Sousa ao Mais Habitação, os partidos acusam o Governo de arrogância e de insistir em medidas que não resolvem os problemas.

Uma das vozes mais ativas foi a do líder do PSD Luís Montenegro, que diz mesmo que a reconfirmação do diploma no Parlamento é uma afronta aos portugueses.

“Esta teimosia, insistência do PS é uma afronta ao interesse dos portugueses, é uma afronta ao Presidente da República, aos partidos políticos e a quem no terreno dinamiza este setor de atividade”, afirma.

Em Bragança, Montenegro atacou o que chama de “arrogância do PS” e defendeu que o diploma não vai produzir resultados. Uma conclusão que é sublinhada por vários partidos da esquerda à direita.

“Mesmo que o force e mesmo que o Presidente da República seja obrigado a assiná-lo, o Chega procurará apoio parlamentar para submeter ao Tribunal Constitucional uma fiscalização do diploma Mais Habitação”, informa André Ventura.

Rui Rocha, da Iniciativa Liberal, fala num “ataque” a pequenos proprietários, senhorios, classe média e a quem precisa de habitação. Defende ainda que se António Costa persistir, estamos perante “um ataque ao próprio país”.

O PCP fala numa ausência de resposta em questões cruciais e num diploma concebido enquanto “instrumento de favorecimento da especulação imobiliária”. O BE fala num “vazio de propostas” e insiste na falta de respostas aos problemas centrais.

Inês Sousa Real, do PAN, espera que haja abertura para o diálogo e para a discussão.

Em comunicado, o Livre sublinha que Marcelo Rebelo de Sousa não teve dúvidas constitucionais e que o problema é não haver soluções mais ambiciosas. O CDS também reagiu, saúda o veto, mas lamenta que o Presidente não tenha enviado o diploma para o Constitucional.

No Parlamento, os partidos até podem pedir a fiscalização aos juízes, mas são precisos pelo menos 45 deputados.

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