A Segurança Social é a maior beneficiária da receita dos jogos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Recebeu menos 11 milhões de euros entre o primeiro semestre de 2018 e o deste ano. Mas se formos mais atrás, verificamos que até recebeu mais do que há nove anos.
Quando se aposta no euromilhões, totoloto, totobola ou raspadinha parte dessas receitas vão para nove destinos.
A fatia de leão é recebida pela Segurança Social, a segunda fica em casa e as restantes verbas são distribuídos pela saúde, educação, presidência do conselho de ministros, administração interna, governos regionais e pelo Estado.
Os ganhos do Ministério do Trabalho, Solidariedade e da Segurança Social nos primeiros seis meses dos últimos nove anos foram divulgados pelo Jornal de notícias.
Destaca-se o ano de 2015, com o pior resultado. Verifica-se um crescimento nos anos seguintes que tem em 2018 o melhor desempenho. Os dois anos de pandemia são marcados por quebras mas ainda assim não tão acentuadas como as de 2015 e, após a epidemia, verifica-se uma retoma tímida.
A tendência decrescente nos jogos tradicionais é justificada pela tendência oposta nos jogos online que durante a pandemia viram disparar as apostas.
A Misericórdia de Lisboa, que decidiu cortar nas verbas para o desporto federado e para os comités olímpico e paralímpico, justificou os cortes com o aumento dos pedidos sociais e com a diminuição de receitas.
Na próxima semana Ana Jorge encontra-se como o secretário de Estado do Desporto e é provável que venha a ser ouvida no Parlamento depois de os sociais-democratas terem pedido uma audição.